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Carmona Gonçalves de Oliveira Filho, 50 anos, conta que quando era diretor administrativo na presidência do Ray Viana, viu o Canto da Mata nascer, o David Assayag ...
Comentários ao artigo
Página 2 de 3 (28 itens)
Saunier em 24/12/2009 09:54
Acho que não entendeste o meu comentário... Que pena! A fronteira entre a paixão e o fanatismo, Azul Anil, é o bom-senso! É a coerência em reconhecer fatos, que, mesmo sendo hipotéticos devem ter o mínimo de clareza, não uma colcha de retalhos que parece se estender no tempo. Como te falei, meu pai era apaixonado pelo Garantido, MAS ERA MAIS APAIXONADO PELA HISTÓRIA. Se não fosse, seria muito cômodo pra ele sustentar a mentira deslavada de 1913 como data da fundação do Garantido, que o Caprichoso de Parintins roubou do de Manaus. O Caprichoso de Manaus já se apresentava em 1913, não quer dizer que tenha sido fundado! E esse lance dele ter migrado pra Parintins é balela, pois aquele boi desapareceu na década de 40. Entendeste? Ou quer que eu desenhe?
Azul Anil em 24/12/2009 11:12
Se fiz algum comentário sobre a obra de seu pai, o fiz como leitor, de coisas boas e principalmente com uma análise critica e formadora de opinião, e como narrei ao meu ver ficou faltando ouvir o outro lado. Se ele não iria ter boa receptividade por parte dos azuis, aí é outra história, vai se passar 100 anos e o livro vai ficar da mesma forma, a não ser que alguém venha a completar o que ficou faltando, É A MINHA OPINIÃO.
Em se tratando de Caprichoso e garantido não se tem mulher meia gravida.
Leonardo Vieira em 24/12/2009 13:40
SAUNIER, EXPLICA MELHOR PRA NÓS ESSA QUESTÃO DA DATA...

VC DISSE QUE O PRÓPRIO MESTRE LINDOLFO MONTEVERDE, EM UMA ENTREVISTA, AFIRMOU QUE O GARANTIDO FOI FUNDADO EM 1920, DERRUBANDOASSIM O MITO DA DATA DE 1913, QUE AINDA É SUSTENTADA PELO BOI VERMELHO.

VC DIZ TAMBÉM QUE ESSA DATA DE 1913 FOI ROUBADA DO CAPRICHOSO SE MANAUS PELO CAPRICHOSO DE PARINTINS. NÃO ENTENDI TUDO ISSO...

O CAPRICHOSO DE MANAUS NÃO É O MESMO DE PARINTINS. E O CAPRICHOSO DE PARINTINS, PRA DIZER QUE É MAIS VELHO QUE O GARANTIDO, DIZ QUE FOI FUNDADO EM 1913. MAS EM 1913 SÓ EXISTIA O CAPRICHOSO DE MANAUS. PORÉM, O PESSOAL DO CAPRICHOSO NUNCA ACEITOU ESSA VERSÃO DA PRAÇA 14, POIS O GARANTIDO BAGUNÇA COM ESSA VERSÃO, AFIRMANDO QUE O CAPRICHOSO É MANAUARA E NÃO PARINTINENSE...

AÍ APARECE O GARANTIDO BRIGANDO POR ESSA DATA DE 1913, TALVEZ APENAS PRA DIZER QUE É MAIS VELHO QUE O CAPRICHOSO... MAS O MESTRE LINDOLFO DISSE QUE A FUNDAÇÃO DO VERMELHO FOI EM 1920, APESAR DE ANTES DESSA DATA ELE JÁ TER UM BOI DE BRINQUEDO NO QUINTAL DELE...

CONFIRMAMOS QUE O GARANTIDO REALMENTE É DE 1920. E O CAPRICHOSO? QUAL É O ANO MAIS PROVÁVEL DE FUNDAÇÃO DELE? VC CITOU QUE ALGUNS DA VELHA AZUL AFIRMAM QUE O GARANTIDO É MAIS VELHO. ENTÃO, SE O GARANTIDO É DE 1920, O CAPRICHOSO É POSTERIOR A 1920?

QUE CONFUSÃO...
Kierk Soren em 24/12/2009 14:21
Bom, como eu já li muito sobre o assunto, vou tentar resumir pra vocês de uma forma isenta - vou tentar.

Diz-se por aí que história se faz com documentos. Se agente levar isso ao pé da letra, vamos chegar á conclusão de que a data de fundação dos bois é inestabelecível - acabei de criar essa palavra - porque não há nenhum, absolutamente nenhum registro escrito sobre os bois de parintins antes dos anos 60. Entenderam? Não há um registro em cartório com a ata de reunião de 20 de outubro de 1913 atestante a fundação do Caprichoso, nem há um registro no livro da Catedral de Nossa Senhora do Carmo sobre a promessa cumprida por Lindolfo de sua suposta enfermidade em 24 de junho de 1920. Sacaram? No documents, no history.

Agora, há quem afirme que história se faz com outros elementos, como registros orais por exemplo. Claro que o método aí muda, porque não basta apenas colher um entrevista e considerar a verdade estabelecida. A confusão dos bois é um claro exemplo disso. Vem o Raimundinho Dutra e diz que o Caprichoso é de 1925. Vem a Odinéia Andrade e diz que é de 1913. Se a diretoria adota a versão de 1913 me parece que o único critério aí é a conveniência, porque o critério metodologia científica passou longe. Do lado do Garantido a coisa é igualmente problemática. Lindolfo afirmou em entrevista a Saunier que criou o boi em 1920. Porém quando apareceu o Caprichoso dizendo que tinha sido criado em 1913, as diretorias pós-lindôlficas não quiseram deixar por menos e criaram uma outra versão: Lindolfo já tinha um boi mirim - e isso é bem provável - desde 1913 - isso aí já nem tão provável. Logo, a babaquice da francesa dá engrenagem à babaquice da baixa e as duas alimentam-se mutuamente ao ponto de cair em duas situações ridículas: de um lado desmente-se a palavra do próprio velho Lindolfo e de outro cria-se uma colcha de retalhos para agasalhar todass as versões anteriores - Cid, Gadelha, Furtado, Emídio Vieira e etc...

Portanto, pra resumir, vocês torcedores, tem duas opções: quem quiser acreditar em versões de torcedores, pode acreditar nas mais estapafúrdias fábulas criadas na francesa, da boca de Odinéia Andrade e assinadas por Baranda e Cia; os vermelhos por sua vez também podem acreditar na hipótese de que Lindolfo se esqueceu do ano em que criou o boi e errou a conta por 7 anos e que seus filhos é quem sabiam exatamente o que aconteceu.
Mas...porém...todavia... se quiserem acreditar em verdades históricas incontestáveis, a única coisa disso tudo que até hoje não tem contestação é que Lindolfo foi o fundador do Boi Garantido. O resto, absolutamente TODO O RESTO pode ser e pode não ser. Vocês escolhem entre a fábula e a história.
Leonardo Vieira em 24/12/2009 14:59
"BOI GARANTIDO, É HISTÓRICO E SABIDO QUE MESTRE LINDOLFO MONTEVERDE, AOS DEZOITO ANOS DE IDADE CONTIGO SONHOU... BOI GARANTIDO, O SONHO DE LINDOLFO MONTEVERDE, DO POETA A OITAVA MARAVILHA, SE REALIZOU..."

E O CAPRICHOSO? QUEM O FUNDOU?

Saunier em 24/12/2009 21:59
Garantido Rei, é muito simples:

Meu pai , Tonzinho Saunier, que fora pesquisador, entrevistou em junho de 1970, Lindolfo Monte Verde que disse essas palavras: ''eu tinha dezoito anos em 1920, quando 'botei' pela primeira vez o novilho, que completa este ano, 50 anos de existência e por isso estou alegre. O Garantido sucedeu o boi Fita Verde do meu compadre Izídio Passarinho, do Aninga??. Entrevista publicada em 28 de junho de 1970, no jornal ''A Tribuna'' (Parintins, década de 1960/70) com o título de ''Prenúncios de Vitórias??.
Essa versão pra mim é a mais aceita, não porque foi pesquisada por meu pai. Ora, saiu da boca do próprio Lindolfo, que foi o único fundador do Garantido. O fato dele ter contado errado (como alguns afirmam) pra mim não é sutentável. Ele tinha um boi sim, embora de uso doméstico, e acho estranho que esse boi tenha passado pela infância, adolescência, pra somente alcançar às ruas em sua maioridade, mas penso que o boi teve sua identidade arraigada no povo, a partir do momento em que reuniu poetas, compositores, brincantes e aficionados.
A data de 1913, remonta à primeira aparição do boi Caprichoso de Manaus. Certa vez, José Furtado Belém (primeiro Superintendente de Parintins), quando estava em Manaus, viu uma apresentação daquele boi, na praça 14. Doze anos depois, em março de 1925, ele e mais pessoas influentes de Parintins, reuniram-se na Escola ''Araújo Filho?? (que, na época, era o Paço Municipal), a fim de fundarem um boi. Foi sugerido o nome de ''Caprichoso??, já que Furtado Belém era admirador daquele boi. Certamente a data de 1913 seguiu com o relato do Furtado Belém, ao fato dele ter visto aquela apresentação, e, sendo os nomes dos bois iguais, imaginas a confusão...
A versão de 1925 pra mim é a mais aceita (pela riquesa de detalhes), e foi primeiramente registrada no livro de Paulo José Cunha e Andreas Valentin (Caprichoso, A Terra é Azul, 1999) depois, publicada no livro do próprio autor, Raimundo Dutra, em meados dos anos 2000, cujo título não lembro. Mas há quem afirme que, pela falta de registros é difícil estabelecer uma verdade incontestável (concordo) tanto pro Garantido, quanto pro Caprichoso. Meu pai já afirmava isso: ''é difícil alguém responder com segurança as perguntas, por falta de registros. Poucos são os que se preocupam com o passado e muitos são os que dizem 'que vive de passado é museu'. Os registros só começaram a aparecer, quando os festivais se tornaram oficiais e competitivos?? (O Magnífico Folclore de Parintins, 1989, páginas 42,43) Se não houve registros, a tradição oral foi a única ferramenta pra se ter pelos menos reminiscências, e certos pesquisadores atribuem esta data a estórias, que mais parecem contos da caronchinha, como é principalmente o caso do Caprichoso, que está mais envolto em confusões e desencontros. De tempos em tempos surgem versões em torno da data emblemática de 1913. Outra data o acompanha, como a de 1929 . Mas, sendo hipóteses, deveriam ser tratados com o mínimo de coerência, não com a conveniência do fútil orgulho de se afirmar que foi o primeiro.
Os dois bois sofrem do mal do ''boi matusalém'', pra servir de mais um alvo de rivalidade entre os mesmos, porque a tradição tomou um caráter de ''quanto mais velho melhor??. Nada como retroceder no tempo com a legendária data de 1913...kkkkkkkk

Agora, cabe ao discernimento de cada um. Não quero (nem devo) discutir com idiossincrasias.
Abraço.
Saunier em 25/12/2009 14:20

Garantido Rei, é muito simples

Meu pai , Tonzinho Saunier, que fora pesquisador, entrevistou em junho de 1970, Lindolfo Monte Verde que disse essas palavras: ''eu tinha dezoito anos em 1920, quando 'botei' pela primeira vez o novilho, que completa este ano, 50 anos de existência e por isso estou alegre. O Garantido sucedeu o boi Fita Verde do meu compadre Izídio Passarinho, do Aninga??. Entrevista publicada em 28 de junho de 1970, no jornal ''A Tribuna'' (Parintins, década de 1960/70) com o título de ''Prenúncios de Vitórias??.
Essa versão pra mim é a mais aceita, não porque foi pesquisada por meu pai. Ora, saiu da boca do próprio Lindolfo, que foi o único fundador do Garantido. O fato dele ter contado errado (como alguns afirmam) pra mim não é sutentável. Ele tinha um boi sim, embora de uso doméstico, e acho estranho que esse boi tenha passado pela infância, adolescência, pra somente alcançar às ruas em sua maioridade, mas penso que o boi teve sua identidade arraigada no povo, a partir do momento em que reuniu poetas, compositores, brincantes e aficionados.
A data de 1913, remonta à primeira aparição do boi Caprichoso de Manaus. Certa vez, José Furtado Belém (primeiro Superintendente de Parintins), quando estava em Manaus, viu uma apresentação daquele boi, na praça 14. Doze anos depois, em março de 1925, ele e mais pessoas influentes de Parintins, reuniram-se na Escola ''Araújo Filho?? (que, na época, era o Paço Municipal), a fim de fundarem um boi. Foi sugerido o nome de ''Caprichoso??, já que Furtado Belém era admirador daquele boi. Certamente a data de 1913 seguiu com o relato do Furtado Belém, ao fato dele ter visto aquela apresentação, e, sendo os nomes dos bois iguais, imaginas a confusão...
A versão de 1925 pra mim é a mais aceita (pela riqueza de detalhes), e foi primeiramente registrada no livro de Paulo José Cunha e Andreas Valentin (Caprichoso, A Terra é Azul, 1999) depois, publicada no livro do próprio autor, Raimundo Dutra, em meados dos anos 2000, cujo título não lembro. Mas há quem afirme que, pela falta de registros é difícil estabelecer uma verdade incontestável (concordo) tanto pro Garantido, quanto pro Caprichoso. Meu pai já afirmava isso: ''é difícil alguém responder com segurança as perguntas, por falta de registros. Poucos são os que se preocupam com o passado e muitos são os que dizem 'que vive de passado é museu'. Os registros só começaram a aparecer, quando os festivais se tornaram oficiais e competitivos?? (O Magnífico Folclore de Parintins, 1989, páginas 42,43) Se não houve registros, a tradição oral foi a única ferramenta pra se ter pelos menos reminiscências, e certos pesquisadores atribuem a data de 1913 a estórias, que mais parecem contos da caronchinha, como é principalmente o caso do Caprichoso, que está mais envolto em confusões e desencontros. De tempos em tempos surgem versões em torno da data emblemática de 1913. Outra data o acompanha, como a de 1929 . Mas, sendo hipóteses, deveriam ser tratadas com o mínimo de coerência, não com a conveniência do fútil orgulho de se afirmar que foi o primeiro.
Os dois bois sofrem do mal do ''boi matusalém'', pra servir de mais um alvo de rivalidade entre os mesmos, porque a tradição tomou um caráter de ''quanto mais velho melhor??. É sabido que antes de Garantido e Caprichoso, existiram outros bois como o ''Diamantino'' do Piauiense Ramalhete, possivelmente entre 1910 e 1912, e o ''Fita Verde'', do Izídio Passarinho, do Aninga, mais ou menos entre 1910 e 1915 (O Magífico Folclore de Parintins, pag.42), Sendo assim, nada como retroceder no tempo com a legendária data de 1913...kkkkkkkk

Agora, cabe ao discernimento de cada um. Não quero (nem devo) discutir com idiossincrasias.
Abraço.

Saunier em 25/12/2009 14:57
Azul Anil

Tens todo o direito de ter uma análise crítica. Vivemos numa democracia: todo mundo tem direito de dizer o que acha! Aliás, que deras se todo mundo tivesse análise crítica... O mundo não estaria tão deturpado por marias-vai-com-as-outras!
Como disseste, meu pai não teria boa receptividade pro lado do azul, pelo simples fato dele não contribuir com mentiras e conveniências, agradecidas com tapinhas nas costas (tinha muitos amigos e conhecidos azuis). Vai se passar 100 anos e o livro vai ficar da mesma forma, assim com a colcha de retalhos quilométrica das versões do Caprichoso, que, poderá daqui a um século se estender ainda mais, adotando outras versões pós odinéianas.
Mas, obrigado por ser um leitor de meu pai.
Abraço.
Haroldo de Almeida Barroso Neto em 25/12/2009 23:12
Viver ao deleite de hábitos e costumes próprios àqueles que nos caracterizam como povo, como ?raça? e como filhos da terra herdando seus bens e seus males. Há quem se firme neste mesmo solo com os pés ?calçados? por costumes alheios a este fato, a esta realidade. Muitas vezes ?treinados? em obedecer ao direcionamento de suas ?preferências?, refém dos anúncios e peças publicitárias veiculadas nos vários meios de comunicação. Sua cultura é a primeira a ser conduzida pelas rédeas da conveniência alheia, dizendo o que é bom, o que não é, como devem se vestir, como devem falar e até pensar. Quanto mais, sobre suas preferências de consumo. Tais pessoas se tornam manipuláveis inconscientes, não importa a idade ou o quanto vivam. Estão sempre recebendo e aceitando novas formas de se ?adequar? aos tempos através dos interesses de consumos, por exemplo, diante daquilo que deve adquirir agora, hoje. Mesmo que as prestações do consumo anterior ainda estejam vigentes.
Culturalmente falando, alinhando o tecer desses primeiros argumentos às vias de fato, parece que estas mesmas pessoas acabam aceitando de forma pacífica, passiva e sem qualquer questionamento crítico a respeito de questões mais diversas do que se parece, do que se tinha catalogado. Ao ponto de aceitar a abordagem de um fato sem procedentes comprobatórios fidedignos, auto-engajados apenas pela conveniência de tal reconhecimento como uma simples ?verdade?. Os pontos em questão não fazem distinção de cores. Temos heróis e vilões em todos os momentos da história, em todos os cantos, vestindo uma cor mas agindo em prol de outra... a forma de se encarar um fato deve ser sempre como a de um aprendiz nos primeiros dias. Ponto em prática, da forma mais interessada e até ingênua, seu senso crítico de observação e de experiências passadas. Indagando, questionando, executando a visão do ensinamento e obtendo sua comprovação ou não.
A história da fundação dos bumbas de Parintins não permite que tal aprendiz se contente com suas versões. Não pelo fato de por em descrédito aqueles que as defende, pois um desses pode estar certo. E sim pelas mãos ?vazias? que todos possuem. Mesmo que algum as apresente ?sujas? pelo esforço de obter a verdade, mas o esforço por si só não é determinante. O que valem são as provas que confirmam os fatos de sua versão. Particularmente não me convenceram a respeito da verdadeira versão a respeito da história de fundações de ambos os bumbas, não completamente. Alguns desses fatos estão explícitos pela hereditariedade de certos herdeiros exercendo seus direitos de ?posse?. Em outro, os herdeiros são tantos que a certeza nem mesmo existe entre eles mesmos. Ainda teríamos as datas, os nomes históricos com seu grau de importância, relevantes a configuração da personificação que a verdade histórica nos cobra exaltar, enaltecer. Ao menos como personagens de uma.
Confesso que sinto a necessidade de ?aceitar? uma delas como a verdade, por mais que sempre tenha meu senso crítico alarmando, lembrando e cobrando por sua credibilidade. Mas aquela que afirma ser instrumento de registro histórico do próprio fundador de um dos bois, por exemplo, me faz querer acreditar. Nem mesmo para questionar esse agente, esse instrumento histórico, assim poderia. Sendo que, uma história concisa, repleta de comprovações que re-intere sua veracidade de forma conjunta aqui não se aplica. São fatos mais prováveis que outros que acabam nos orientando, ao menos, quando nos cobram certo posicionamento. Assim, a verdade pode estar dentro dos corações de cada torcedor, aos olhos ?romanticos? de ser. Por meio de versões peculiares ao seu próprio senso crítico e/ou a sua ligação afetiva a qualquer um deles. Do meu ponto de vista, somos todos torcedores desse movimento cultural, por mais que nossas preferências acabem servindo de vendas para os nossos olhos em alguns momentos.
A verdade não nos daria apenas um dia, um ano ou um fundador para enaltecer. Nos serviria de instrumento para olha o passado na direção correta, a fim de saber quem foram aqueles que começaram o que hoje damos continuidade. Aprender com os erros deste mesmo passado, evitando que a história nos condene por reincidência ou por perder sua identidade. Ser aquele aprendiz nos permite afirmar com justiça quando dizemos: eu sou o que sou por que assim escolhi para ser, já que a vida é um labirinto de escolhas.

Haroldo de Almeida Barroso Neto
Azul Anil em 26/12/2009 13:45
Pois é, se vivemos em uma democracia, não entendo a sangria desatada que deu o inicio a essa discussão.
Abraços celeste.