Flavio de Oliveira em 25/07/2007 16:31
Bazi. Muito obrigado, irmão. Aluno seu sou eu, de tanto ouvir seus brilhantes trabalhos, em parceria com os grandes Mauro e Wenderson.
É o seguinte. Quando cheguei primeira vez em Paris, não tinha boi de preferência... Por mim, inclusive ficaria com os dois, porque eu era um neófito na festa e, por isso, achava tudo igualmente bonito em Parintins. Porém, os amigos de então, vermelhos em maioria, me disseram que eu tinha que escolher e dizer, ali na horinha, ao vivo, na frente de todos, com qual dos bumbás me identificava melhor... porque em Parintins, eles diziam é da tradição não ficar em cima do muro de jeito nenhum...
Aí, meu caro Bazi, vou te dizer uma coisa, irmão, sob pressão, não deu boi do povão, não teve coração, porque, perante as águas correntes do rio-mar, diante daquele horizonte sem par, de pé na beirada do barranco, firmei o meu olhar "onde o azul é tenaz" e disse:
" - Pois bem. Vocês pediram, vou atender. De agora em diante serei azul até morrer."
Pois é, Bazi. Essa é minha história, donde se conclui que somos azuis porque Deus assim quis...